Corpus Callosum Polīticus

Não podemos juntar o amor e criatividade à esquerda com liberdade e estados menores à direita? "Caetano e quinta emenda"? "Anitta e privatização"?

Pelo menos não ter religiosidade e "do bem" na parte artística com estado enorme e totalitarismo na política.

Precisamos ter um ponto rígido com um ponto liberal? Um ponto liberal com outro rígido?

Será uma questão tão simplória, porém essencial, quanto um problema biológico? Uma mente mais artística precisa de um "pai" na economia; um cara safo na economia - que não quer um estado pai na economia - deixa a área artística seca, causando náuseas ao invés de emoção. Lado direito e lado esquerdo do cérebro? Não pode ser tão simples. Mas fica anotado o palpite simplista.

Combina com o próprio termo: esquerda. Direita. Canhoto. Destro. Emoção. Razão. Holístico. Matemático.

Será que temos duas grandes ideologias, mancas? Rígida na arte, livre na economia. Rígida na economia, livre na arte?

Se assim for - se for inseparável meia rigidez, meia liberdade - na arte, na economia, na economia, na arte - então por favor mantenham ambas as ideologias mancas com saúde e poder. Preferencialmente em suas aptidões mais criativas e libertárias. Possível?

De preferência não variar apenas no tempo, apenas de mandato em mandato, apenas de região em região. Simultaneidade de talentos libertários seria um acasalamento épico.

Tememos e separamos como água de óleo, "Caetano e quinta emenda", "Anitta e privatização"?

Temos medo de liberdade dupla? Medo de voar?

Se houver uma beleza e uma rigidez em cada lado, um pode ficar eternamente apontando o lado rígido do outro, se vangloriando de seu lado libertador. E vice-versa. Honrar as qualidades de cada lado, ao invés de apontar a rigidez "de lá", é a diferença entre agir com harmonia e agir com raiva. Entre integrar e enrijecer. Política. Economia. Arte. Emoção.

O corpo caloso integra - conecta honrando o diferente - ambos nossos talentos - nosso lado esquerdo, nosso lado direito. Razão, emoção. A visão do todo, a linguagem.

Que tal transferirmos para a política um corpo caloso bem grosso e desentupido? Fluido e integrador. Que conecte nossas diferenças mais deslumbrantes e arrebatadoras. A melhor emoção com a razão mais sofisticada.

Devagarinho. De manhã em manhã. De 7 bilhões em 7 bilhões. Teclando.